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Eu que sempre presei minha independencia, deixei a carencia me tomar a mão. E aceitei as algemas que nos fecham as pernas, para andar, para dar, me prendi a você.
E eu que sabia que morremos sozinhos, achei que era até uma possibilidade - encontrar o amor.
Desses de filme, que duram pra sempre, do tipo velhinhos comendo pipoca na praça.
E eu ignorei minha ideologia. E eu ignorei o meu próprio querer. E eu ignorei minha poligamia. E eu me ignorei. Foquei em você.
E ele me veio com aquela cara, de estou fazendo isso pelo seu próprio bem. Estou te tirando de onde você não era nada para agora ser alguém. E eu acreditei que seria facil. Eu acreditei que era real. Eu deixei levar pela tuas palavras, tão coerentes e envolventes e me deixei ir quase sem lutar...
Para agora, chegar ao fim, conversa fiada que gosta de mim, mas não quer mais me ver sofrendo: morri duas vezes e a culpa é sua.
E você me vem com esse sorriso de "alivio final", como se eu fose um peso que você levou sem querer pelos dois ultimos anos de pau. Digo, de pau e pedra, porque pelo sexo, era só uma lembrancinha.
Preferiu ficar só, pois se arrependeu de ter escolhido como companhia, a minha.
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