terça-feira, novembro 27, 2007

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Ela parou de andar e se encostou naquele balcão de vidro cheio de digitais de desconhecidos. Entre todas as manchas e borrões um reflexo distante, meio de perfil, meio sorrindo distraido.
Todo aquele cheiro de butequim e barulho de rua e gente e musica de gosto duvidoso não combinava com reflexo e não se sabe por que ela ficou curiosa de entender o motivo daquela presença.
Curisoso que ela mesma não fazia parte daquele lugar, nem daquelas pessoas, nem daquele tempo e espaço até aquele momento também.
Finge que não vê, mas vê e observa.

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quarta-feira, novembro 14, 2007

Pexim

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Pergunto a mim mesma se posso realmente deixar abrir os braços e partir a dor, me esquecer que sofrimento faz parte a vida e que inclusive tem parte com o amor.
Cumplice meu, lamentavel, amigo oculto dos meus dias ruins, o sofrimento me tem esquecido.
E o esquecimento dele é bom pra mim.
Pergunto, por que... por que quero sempre a resposta agora! agora! já! anciosa de saber da vida.
Sofrimento, amigo velho... deu lugar pra outra coisa que a tempo nao via: saudadinha chata.
Como uma coceirinha que me aparece quando estou só.
Por que agora tudo gira leve, manso... como se tudo fosse mesmo pra ser assim

Aonde foram parar seus gritos? seus choros? suas dores? seus sonos sem sonhos? sua insonia? suas fugas? seus medos? suas respirações fortes de desejos contidos, tantas vezes à força? agora... é leve.... e manso... e bom - xi bom bom bom!
Até esqueço que sou solitaria e acredito que to be is not to be, que eu estava só. não quer dizer que eu assim seja.

ai que bom. que ruim. que tedio.
estar apaixonada eh entediante as vezes.
é desempolgante pro mundo.
nao quero sair, nao quero ficar em casa, nao consigo me consentrar, so penso nela nela nela, q não me intedia... me impolga.. me faz querer correr de casa ate a casa dela - por que o quintos dos infernos onde ela estiver: é tão legal :}
bobamente assim. assim feliz de riso facil... assim, pra tantos, detestavel. Pra ela sou só: amor.

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