quarta-feira, dezembro 24, 2008

Feliz Aniversário! -txt resgatado-

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Todo dia de manhã
acordo e não intendo muito bem por que
tenho que tomar café
aproveito o tempo e ligo a tv

talvez o computador
dependa só do meu mau humor

hoje eu to de baixa, não tenho nem bia na caixa
mas eu vou pra aula - que lá sempre tem na faixa -
na próxima vez eu boto um cada cada um de vocês

não queria entrar em papo existencial

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Resgatando textos antigos...

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E tornaram-se grandes amigos, lentamente, mas supreendentemente chegados. Desses de ligar, conversar e combinar de se ver.
Um dia, numa dessas conversas em casa de amigo, após um prenga e alguns vinhos sentaram-se no chão da sala, junto aos jarros africanos e uma caixa de som.
Naturalmente próximos, com os joelhos de um apoiando o outro e braços encostados, rindo-se das ilicitudes juvenis, abaixaram suas cabeças entre os sorrisos, quase se batendo. Poderiam sentir o hálito um do outro de tão divido que estava o espaço entre eles.
Ela sempre tinha um ar de criança esperta para a idade.
- Ai, - ruboriza e dá um sorriso moleque - eu me sentí muito engraçada agora.
- Por que?
- Por que, agora, eu quis muito te beijar.
- Agora? - supreso.
- Foi - responde como quem diz isso a hooooooras.... - Mas deu vergonha.
- Foi - repete como quem se atrasou - Que coisa!?
Ela sorri como se toda lombrinha
- Mas eu sempre sinto isso...
- Sério?! - Morre de rir, fechando os olhos escuros - Ai! Como assim, cara?!?!?!
- Oh... Tem horas que você é... - gagueja por pura gaiatice - é.. é... serio então: irresiltivelmente linda.

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quarta-feira, abril 09, 2008

titulo

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HuHUhHUhUHuh...


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.Co


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________i

_________to

o.


t____


A______________


e._._.d




/\/\.().\/.|./\/\.&/\|._|_.().


~contínuo~

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cansada ó


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No fundo da minha garrafa
tem
treze pedaços de trigo
e na tampa tem seu nome, amor,
e eu guardo na minha coleçao
por um pouco de salsinha
Vitória!
Vitória!
Vem cá mulher, deixa de lesera!

No fundo do copo tem
os vestigios do dia anterior
amanhã talvez, amor,
o controle funcione

As vezes o amor
é um chaveirinho
em/motivo japonês

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hmm..

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segunda-feira, março 24, 2008

Voltando pelo Terminal

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Resolveu sair da muchila e encarar a paisagem.
Repetiu para sí mesma a descoberta que fizera quando saiu de seu interior e olhou as pessoas na rua - as pessoas são muito pensativas.
Predominava pelas calçadas - em carros, nas bicicletas, nas paradas de onibus e nos seus interiores - o Olhar-distante em semblantes variados, segundo sua hipótese, demonstrando por expressões e posturas inconscientes os seus interiores. Humanos curvados, eretos, protegidos por bolsas e guarda-chuvas, empertigados estufados, sem camisa, cobertos, escondidos pelos cabelos, cabelos presos, humanos de diferentes formatos e cores.
Aqueles próprios corpos demonstram quem são seus donos.
Ora, afinal a postura também modifica o corpo, assim como o complexo-vida influencia diretamente em quem somos nós por dentro e por fora, e percebeu que era possivel ler a mente de qualquer pessoa se soubessemos interpretar esses sinais inconscientes.
Estava realmente percebendo que sua terapia obtivera resultado ao não somente perceber os outros, mas que mudara, forma, postura e hoje até consegue sair da muchila em pleno onibus!
Foi quando percebeu que outros humanos escondiam-se em bolsas, alguns em muchilas, outros nos celulares, em jogos, em livros, alguns se mostravam ao mundo enquanto outros procuravam no mundo e outros até pareciam ter encontrado algo.
Assim descobriu que era então por isso que existe psicanalise e outros psico-fisico-estudos que conseguem essas generalizações humanas - basta faze-las devidamente conhecidas.
Lembrou de aspectos sociais de classificação humana, como por exemplo de tribos, e viu que existem os diferentes das tribos dentro das tribos que parecem ter os mesmos comportamentos que outros de tribos diferentes. Por algum motivo acha que Clarisse Lispector e Caio Fernando eram um exemplo perfeito de como pessoas tão diferentes são parecidas por também serem diferentes dos seus iguais e iguais na sua diferença.
Apesar da pouca certeza da qualidade do seu exemplo se sentia muito sociologa ultimamente.
As pessoas introspectivas riem-se dos extrovertidos, quando se abrem, dizendo-os alienados/frivolos/superficiais; os extrovertidos se riem dos introvertidos, quando os percebem, dizendo-os tristes/estranhos/arrogantes.
Descobriu o que já sabia: equilibrio.

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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Assim, baixinho: "mais devagar..."

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Assim é estar com ela. Ela que descentraliza de si mesma as atenções. Cria um 'ao redor' que engloba não somente a si mesma mas tudo ao seu controle. Deixa-se ser dona do que nem sequer é seu, mas por direito e oficio é dela.

It doesn't hurt me.
Do you want to feel how it feels?
Do you want to know that it doesn't hurt me?
Do you want to hear about the deal that I'm making?
You, it's you and me.

E não alcanço mais meus proprios limites sem ela. É, pois aprendi que posso ir muito além do que vou sozinha, e se posso, então meus limites estão lá, não aqui.

Quebrei. Quebrei todos & ultimos cacos de medo de mim mesma. Aceito as condições de uma maneira, que não imagino ser outra que não madura.

Saber ser auto-suficiente dividindo e construindo. Se era medo antes, era por não ter certeza que EU sou a responsavel por cada frame desse filme, já com quase 24 anos de duração. Hoje tenho, graças a ela e um bocado de terapia, a certeza que o amanhã é fato digno de celebração.

Quebrei tabus pessoais. Quebrei inclusive promessas que me fiz sem saber que as mesmas não me protegiam, apenas me escondiam.

Não é ela que me desfaz em lágrimas, sou eu, e aceito. Não foi ela que desarmou minha armadura, fui eu que tirei. Não fui eu que apenas fiz, foi ela que mostrou que eu estava pronta.
E esse lugar, ao lado dela, onde pisei, era suficientemente firme para minha recém firmeza.

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quarta-feira, janeiro 09, 2008

Isn't she beatiful?

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Sim.
Toda vez que respiro agora parece sair de mim um pouco mais do mundo e entrar um pouco mais dela. Ela, que me tira aos poucos, - minto, não tira, tirar é algo que é tomado a contra gosto ou sei lá o que, parece ruim - me transforma as sensações de solidão e vazio em, ora, nela mesma.
Sabe-se que é impossível dois corpos ocuparem dois lugares ao mesmo tempo, mas quando for possivel provar, se já não é, creio que por causa d'Ela não haverá mais essa Lady Newton.
Ela vive em mim fisicamente, eu sinto nas minhas veias que o sangue que corre é dela. Sinto nas minhas mãos que da ponta de uma até a ponta da outra com todo o corpo no meio, também é tudo dela, inch by inch, through my veins, talvez além do que eu mesma conheço.
Ela provavelmente nem sequer sente que está quebrando não uma, mas duas leis da física!
a- Dois corpos não ocupam o mesmo lugar. Lei jogada fora, ou como diriam os antigos, rebolada no mato.
b- Um mesmo corpo não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.
Mas é ÓBVIO que pode, ou ela não estaria aqui agora, comigo, no mesmo lugar que eu, e lá, na casinha dela, deitada, provavelmente dormindo sem sequer saber que derrubou, só pela existencia, todas as regras conhecidas de sustentação do Universo.
Ela que por romantismo ou realismo me surpreende, me dá a vontade de viver só por essa via ser com ela. O melhor é que ela chegou bem na hora que eu tive vontade de viver, pela própria vida em sí, sendo isso um agravante na minha felicidade e na minha vontade de ver o proximo dia.
Quando não tenho essa vontade, geralmente é por que ela, me faz querer que o dia não termine nunca - save the moment.
Tenho tantas coisas que tenho vontade de dizer-lhe em sussurros, devagar e baixinho quando tiver com seus cabelos novamente na altura do meu nariz e seus ouvidos na altura de minha boca. Geralmente não falo tudo que queria, aprendí a evitar demonstrações intensas, mas (tive vontade de urrar agora) ela me deixa tão confortavel para minhas intensidades que minha cabeça parece não calar a boca nunca entao eu mesma me calo e deixo.
Se me arrependo de algo com ela até hoje é de não ter dito de todas as formas que já se passaram na minha cabeça o quanto eu a quero.
Te Quero.
Palavras idiotas, não valem nada, não tem valor nenhum por mais belas e bem estruturadas (não que estejam assim) não têm o valor que tem um unico batimento cardiaco meu por ela, não tem, não tem a explosão que vem de dentro que me aperta a garganta (novamente o urro contido) e a sensação que a qualquer momento todo o meu ser vai se expandir do tamanho do que eu sinto por ela - incontível num corpo de 1,65 - vai explodir e cobrir os céus e tapar o Sol e o mundo inteiro vai ver diante de sí a figura dela, pois não haveria outra forma de descrever melhor o que tenho dentro de mim se não Ela mesma.
Papo de apaixonado talvez.
So what?
Pra mim ela tem naqueles olhinhos castanhos a chave mestra da minha vida.

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pensamento incompleto, como haveria de ser...