segunda-feira, dezembro 31, 2012

Resumo

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E hoje, o sorriso dele me disse, sussurrando assim: Aquieta, se acalma e fica calada, se senta pertinho de mim...
E hoje, meu sorriso - irônico - gritou sem alterar a voz: Impossivel! Que absurdo! Assim vou sufocar!

E parece que o dia e as horas sabiam melhor do que eu e você, que o tempo é uma droga que a gente quer usar e não quer ver passar o prazer. Mas se o tempo não passa e tudo fica pa-ra-li-sa-do - Prefere morrer, o tédio e a imapciencia e a ansiedade devoram você
É O FIM É O FIM É O FIM É O FIM É O FIM É O FIM

Juventude moderna sabe e não admite que errou, mesmo quando entende que era irreal tudo o que se sonhou. Prefere acreditar que está sempre certo mesmo se for óbvio o final. E ainda triste e ferido só fica tranquilo convencendo o seu lado emocional. O mesmo me vale, pois se eu tivesse tido bom censo teria evitado o desastre.

E hoje, ele me olhou nos olhos e quase chorando, pediu minha mão. Eu bem que reparei que ele andava carente e tenso e um pouco bobão... E olhei em seus olhos, depois desviei pois não quis ver sua reação. E aceitei o pedido sabendo plantava alí um espinho, uma ilusão.

Eu que sempre presei minha independencia, deixei a carencia me tomar a mão. E aceitei as algemas que nos fecham as pernas, para andar ou pra dar, e nos prendem à um coração.
E eu que sempre achei que morremos sozinhos, achei que era até uma possibilidade encontrar o amor
desses que tem nos filmes, que duram pra sempre, do tipo vovó e o vovô.

E eu ignorei minha ideologia. E eu ignorei o meu próprio querer. E eu ignorei minha poligamia. E eu me ignorei para focar em você.
E ele me veio com aquela cara, de estou fazendo isso pelo seu próprio bem. Estou te tirando de onde você não era nada para agora ser alguém. E eu acreditei que seria facil. Eu acreditei que era real. Eu deixei levar pela tuas palavras, tão coerentes e envolventes e me deixei ir quase sem lutar...

Para agora, chegar ao fim, conversa fiada que gosta de mim, mas não quer, me ver mais sofrer: sofri duas vezes e o grande culpado sempre será você.
E você me vem com esse sorriso de alivio final, como se eu fose um peso que você levou sem querer pelos dois ultimos anos de pau. Digo, de pau e pedra, porque pelo sexo, era só uma lembrancinha.
Melhor ficar só por que se arrependeu de ter escolhido, como companhia a minha.

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