sábado, junho 09, 2007

Espero que tenha realmente um bom motivo

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Ela mal consegue andar com as proprias pernas. Se confiava numa ideia que agora vê não ter sido nada além de sua propria imaginação tentando preencher-lhe o eterno vazio de sua vida.
Claro, claro, caiu na velha e conhecida piada do destino chamada amor. Hmrum, platonico ainda por cima.
Claro claro, não é novidade, por isso ela até se consola e consegue não ficar pior do que ja está.
Inclusive, em sua mente, ela criou tantas teorias que toda uma novela com personagens complexos, fugas de situações, mentiras, fingimentos, retornos heroicos e uma dose cavalar de criancisse.
Mas não importa, nunca importou de verdade. Ela sempre soube, que como tudo na sua existecia, não iriam muito longe por ela. Independentemente disso ela se planejava para ir longe, muito longe. Agora talvez compre sua tão sonhada bicicleta ou ajeite a tatuagem da perna que esta um tanto borrada.
Agora é assim, de novo.
Azar, sorte, carta, caixa, qualquer outra porcaria que tiver tocado, só espera que queime e jogue as cinzas pros porcos. É talvez o destino mais razoavel que ela pode esperar.

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Mas muito grata pela atenção desprendida, pela voz reconfortante, pelas risadas, conversas e até pelas fotos toscas, por dar novo sentido a livros, musicas, bandas, comunidades e coisas do tipo.
Agora, vamos juntas tomar aqueles comprimidos e apagar aquelas mp3... ja não basta as musicas serem absurdamente depresivas, agora a sensação agradavel de presença se transforma na velha companheira: a ausencia proposital - e imperdoavel.

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