domingo, março 04, 2007

.

Perdão senhor,
Por todas as vezes que senti ódio de manhã só por acordar
Por todas as noites que quis sumir
Por todos os cortes e queimaduras nos meus pulsos braços pernas mãos
Por todos os socos na barriga e tapas na cara, murros na cabeça, portas e paredes.
Todas as chineladas e cordadas
Todas as vezes que amarrei meus braços e apertei ate marcar a corda
Por todos os remédios da casa que já quis misturar.
Por todas as balas que não me alcançaram a cabeça
Por todas as quedas que não cai
Por todos os postes e muros que já quis entrar com o carro
Pelos cacos de vidro
Pelas cabeçadas na parede
Pór todos que quis que me matassem
Pelos pequenos venenos
Pelas noites que quis fugir sem saber para onde sem saber de que
Pelo vazio
Pelas vontades de morrer
Por todas as vezes que me entreguei ao vazio
Pelos que fiz me usarem
Pelos que usei
Pelo sorriso que aprendi a ter no rosto pra não demonstrar mais nada
Que a tanto tempo uso, que não sei mais tira-lo de mim
Por usá-lo a tanto tempo que desaprendi como é ter outra expressão.

.

3 comentários:

LaSo disse...

.

ja veio ate aqui,
agora comenta

.

Rochele Durgante disse...

oi

Rochele Durgante disse...

adorei os 2 últimos textos!