quinta-feira, janeiro 04, 2007

Misericordia

Ela não sabe mais o que fazer
Ela se arranha por medo de se cortar
Ela se encolhe atras da porta
Ela tem vergonha de ser tão impulsiva
Ela vive os dias por mera inercia de movimento.

Andou pelo quarto, sentou-se na ponta cama com um ar vazio, abraçou o travesseiro velho e fino sem sentimento algum.
Anda com dificuldades de criar conceitos. A racionalização de sensações, pensamentos, sentimentos, ações ou reações estão absurdamente complicados.
Procura ao seu redor alguma coisa que lhe chame atenção, numa busca de achar uma linha de raciocinio - qualquer uma - para sair do transe da simploriedade.

Se não tivesse feito tudo errado no começo talvez não tivesse tido um fim. Pelo menos não um tão estúpido.
Mas ela tem o dom de levar tudo do modo mais destrutivo e pessimista e não soube ser agradecida pela atenção que recebeu. Agora ela intende que as vagabundas são sempre as mais carentes.

2 comentários:

Renata disse...

E então ela resolveu ao próprio mistério tão imbecil como começou: o girar em circulos escrava do mundo fora a linha que seguira, e amarrara-se à esse viés tão fortemente que mal pôde perceber o seu próprio pensar. =****

Rafaela disse...

é!
Concordo ca Natão \o/
E ela podia comprar sorvete tambem.

=O