sexta-feira, março 11, 2011

Pra mim?

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Já fiz tantos planos.
tsc...
Imbecil. Fiz tudo errado, não foi?
Perdi. Foi lá atrás... não muito longe, nem força a memória de tão fresco o tapa.
Nem todas as escolhas que fazemos são realmente nossas.
Sabemos disso muito bem.
Temos vícios que alimentamos como se virtudes.
Todos temos o direito de nos enganar abertamente, pra depois remoer e redoer.
Errei por não ter sido a influência da escolha alheia em momentos que baixei a cabeça e me fiz de vítima, por que era mais fácil. Aliás, ser vítima é pra quem não tem atitude suficiente.
Vítima da escolha dos outros sobre a minha.
Ando tentando mudar isso, mas ainda vai demorar um bocado a ser mais forte do que as outras vozes.

Só duas coisas aprendi na vida:
A primeira é que, menina, o amor não é de vidro. Dura e é duro e não é transparente.
A outra é que não vale a pena perder tempo se estressando, criando ruga na testa.
Deixarei que o caminho se pavimente com tranquilidade. É questão de tempo e tudo se apruma, sim.

Até lá ou antes, me perdoe por não ter sido eu mesma a mover meus passos (apesar de que duvido que teria sido diferente, mesmo sem acreditar em destino, em alguns assuntos não tive muita escolha).

De uma certa forma, queria que todos soubessem que o que esperam ainda vai demorar.

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terça-feira, janeiro 25, 2011

Outdoor

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Queria te ver aleatoriamente pelas ruas. Parar o carro e gritar. Pra que você mesmo virando o rosto leia cada movimento dos meus lábios. Com raiva, amor, vergonha e carinho. Você sabe o que eu ia gritar. Você é muito pior! Assim mesmo. Sem corretor. Você é muito melhor também, mas isso eu nunca admitiria.

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segunda-feira, janeiro 24, 2011

do Diário de Adolfo Bianco.


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Vem de volta. Pedi. Mantenha distância mas não vai pra muito longe. Lembro que era muito novo e fumava um free no pátio do prédio comercial, das aulas de reforço de matemática. Primeira namoradinha. Escadarias. Menina aleatória. Sem amor. Paixonite de sonhar acordado. Contei pra todo mundo. Estava feliz em ter um desejo satisfeito. Não conhecia a menina, mas segurava firme e ela gostava. Puro aprendizado de desejo, puro, mas não por isso inocente. Lembrei porque é uma sensação parecida, de que não me conheço. Mero novato entre as mulheres. Você, muitas mulheres.


Menina, menina... nem assim tão bonita. vivia estranha e semi-apaixonada. perdia tempo, perdia tempos... perdia a vida sem parar por nada. dormia tarde e acordava cedo. pensava demais. tomava café e saia andando, até apagar para o dia seguinte.



Cantavam: "Não é minha menina, mas é minha inspiração. Não é rainha nem cartomante, não é pequena, também não é grande, parece grave, mas tem tons agudos, parece carne mas seu corpo é núvem."




, e em diálogos: 


"Liz, por favor, não fuja assim. Sinto muito, mas não posso te acompanhar. Controlo essa obsessão pouco menos do que o mínimo necessário, por isso não vamos fingir que você não se incomoda..."
_.
"Impossivel. Vê, já compulsivamente não acredito em você. Fica me parecendo que preciso te criar e não é isso que eu preciso."
_.
"Continua com essa historia então, mas eu duvido! Nem fico falando só de mim, de mim e mim. Eu não converso contigo, não? Pergunto de tudo que te aconteceu?"
_.
"Passa da minha frente, filhote de satanás, cobra criada, parida de/"
_.
"Se incomoda? Agora se incomoda? Por que te xinguei? Por que/"
_.
"Não, florzinha, não to gritando, não vou te bater. Você é a mais preciosa criatura pra mim... não fica com medo de mim. Prometo que não vou mais pegar no seu pé, nem/"
_. __ _.
"Faz como quiser então, você tem razão mesmo e /"
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"Desculpa, não quero isso não... Liz, posso te deixar em casa?"

"Nesse teu espaço, ando sobrando, fazendo falta ou a indiferença já reinava antes de eu sair de ti? Que coisa estranha, Liz, que coisa estranha, você parecia se importar, pelo menos um pouquinho, só um poquinho mais..."

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